Histórico do paciente: Conhecer as doenças anteriores e ter ciência de todas as alterações e/ou comorbidades atuais do paciente é fundamental para a escolha do protocolo. Isso devido ao fato de que algumas formas de aplicação necessitam de mais cautela ou até podem ser contraindicadas, dependendo do tipo de doença que o paciente apresentar.

Por exemplo, um paciente encaminhado para tratamento de dor por osteorartrite, mas apresentando concomitantemente linfoma, não pode ser submetido à modalidade ILIB, pois essa forma de aplicação do laser é contra indicada em casos de neoplasias hematopoiéticas.

Avaliação física: Avaliação dos parâmetros físicos básicos é essencial ao início de cada sessão, tanto para avaliar o estado físico que o paciente se encontra quanto para observar se houve o aparecimento de alguma lesão diferente desde a sessão anterior, além de fornecer um parâmetro de melhora ou piora da lesão.

Local e gravidade da lesão/doença: A identificação do local exato da lesão ou doença a ser tratada é imprescindível para a escolha da estratégia de tratamento que será utilizada.
Em lesões mais locais ou superficiais geralmente o laser indicado é o vermelho, enquanto que em lesões que necessitem que o laser penetre em camadas mais profundas, o laser infravermelho é mais indicado. Já a gravidade da lesão influenciará na indicação de frequência das sessões.

Comportamento do paciente: Outro fator muito importante para a escolha do protocolo é o comportamento do paciente, pois de nada adianta montarmos um protocolo completo e ideal, se o paciente não permitir as aplicações.

Apesar da terapia com o VELUX ser indolor, alguns animais ficam estressados apenas com a contenção e não permitem ficar parados por muito tempo, principalmente quando falamos da ILIB.

Nesse caso, é interessante deixar o tempo que o paciente permitir, ir avaliando a cada sessão e não forçando demais para que o paciente não se estresse tanto a ponto de não permitir mais nas próximas sessões.

Outra dificuldade é a aplicação do laser na cavidade oral, por exemplo, para gengivoestomatite. Alguns animais aceitam tranquilamente, porém para a maioria pode ser um desafio.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, porém é importante que na sessão de fotobiomodulação o paciente se sinta bem e confortável, aumentando a adesão do tutor ao tratamento e facilitando o processo de cura.

Colaboração
Marina Santoro

Consultora veterinária MMOVET