A cada dia aumenta os casos de pessoas infectadas com COVID, devido à facilidade de transmissão do vírus.
Uma das formas de contágio do coronavírus é o contato com superfícies e objetos contaminados (como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador, interruptores, etc.) e também com pessoas doentes, através do toque de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse, entre outros.
Sendo assim, são necessárias medidas de lavagem frequente das mãos com água e sabão ou, quando não é possível, o uso de sanitizantes para as mãos. Além disso, é necessária a desinfecção de objetos para evitar a disseminação do vírus.

A COVID-19 trouxe uma maior necessidade de introduzir novos métodos para descontaminação de ambientes e superfícies para evitar que a contaminação se propague com maior rapidez. Em relação aos processos de desinfecção, existem vários métodos químicos e físicos capazes de destruir a forma vegetativa dos microrganismos nos ambientes.
No entanto, um procedimento que tem mostrado segurança e eficácia na inativação dos microrganismos, como a COVID-19, é a radiação ultravioleta C (UVC), presente nestes novos equipamentos, que evita que a contaminação se propague, já que os cientistas sabem que os vírus podem persistir durante muitas horas em diversas superfícies, como metais, vidros, plásticos e madeiras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não se sabe ao certo quanto tempo o vírus que causa a COVID-19 sobrevive em superfícies, mas ele parece se comportar como outros coronavírus. O vírus pode persistir nas superfícies por algumas horas ou, até mesmo, vários dias. Isso pode variar e depende das condições do local, do clima e da umidade do ambiente.

A pesquisadora Thaila Quatrini Corrêa diz que a desinfecção por radiação UVC é capaz de proporcionar uma inativação rápida e eficaz dos microrganismos mediante um processo físico que atua diretamente no material genético de bactérias, fungos e vírus, sem deixar vestígios ou subprodutos no local. A principal vantagem que a técnica apresenta em relação aos desinfetantes, é que ele não é um consumível. Os desinfetantes podem acabar e a limpeza constante com água pode levar ao excessivo uso de um recurso natural escasso, enquanto que a tecnologia com luz ultravioleta mantém-se operacional.

Devido a sua elevada efetividade, a radiação UVC tem sido amplamente utilizada com segurança na desinfecção de superfícies em geral, como em hospitais, salas cirúrgicas, clínicas, laboratórios e também nas indústrias farmacêuticas, cosméticas, alimentícias, de laticínios, entre outros ambientes (Correa et al., 2019).

O Surface UV da MMO é um equipamento portátil e de fácil manuseio, ideal para realizar a rotina de desinfecção dos locais de trabalho, bem como de todos os utensílios e equipamentos presentes nesses locais. Com o seu uso regular, o dispositivo pode promover a diminuição de possíveis infecções veiculadas pelas superfícies, instrumentos, objetos e quaisquer outros materiais contaminados.  Em locais públicos com grande circulação de pessoas, os sistemas com luz ultravioleta podem ser utilizados para reduzir a possível presença de COVID-19. O sistema pode ser aplicado, por exemplo, em ônibus, mobiliários, bancadas, pias, leitos, equipamentos, pisos, paredes, portas, janelas, grades de ar condicionado, banheiros públicos, corredores, mobílias, maçanetas, corrimãos, interruptores, teclados e mouses de computador, caixas eletrônicos, ou seja, locais onde as pessoas normalmente colocam as mãos.  Em outros países, a técnica tem sido utilizada para descontaminar aviões e hospitais.

Correa e colaboradores (2017) comprovaram a efetividade da inativação de microrganismos com o dispositivo Surfave UV na redução de bactérias Gram-positivas, como as espécies Staphylococcus aureusStreptococcus mutans e Streptococcus pneumoniae; bactérias Gram-negativas, como as espécies Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli, além da espécie fúngica Candida albicans, todas causadoras de doenças infecciosas.
Além disso, o mesmo estudo avaliou a ação do Surface UV na desinfecção de superfícies de locais diferentes dentro de um ambiente hospitalar, isto é, em ambientes reais de contaminação.

Dez superfícies foram escolhidas para receber a desinfecção:
– bancada de trabalho do laboratório de bacteriologia,
– cadeira de coleta de sangue,
– bancada de troca dos bebês do atendimento infantil,
– mesa de atendimento da sala de vacinação,
– mesa de atendimento da sala de tuberculose,
– dengue e clínica médica,
– mesa de atendimento da sala de DST/AIDS,
– mesa de atendimento da sala de dermatologia,
– cadeira ginecológica da sala de saúde da mulher,
– e suporte com material para curativos da sala de hanseníase.

Todos os resultados mostraram redução na carga microbiana presente nestas superfícies, indicando que o dispositivo pode auxiliar na desinfecção desses locais (CORREA et al., 2017).

O Surface UV da MMO é um equipamento é extremamente seguro para quem manuseia e a única advertência é que este aparelho não pode ser utilizado diretamente na pele humana, nem em animais.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda que as pessoas não saiam de casa, fiquem em afastamento social.
Mas em caso de extrema necessidade, a pessoa deve, ao chegar da rua, tirar os calçados e limpá-los em um local separado em casa, lavar as mãos com água e sabão, trocar a roupa e lavá-la imediatamente, e em seguida tomar banho.
Também é recomendável que sejam higienizados os objetos que você levou para rua, como carteira, chaves e celular, bem como os que trouxeram dela, como sacolas de mercado e a embalagem dos produtos comprados.

O uso correto da máscara é apenas uma das medidas de prevenção contra o coronavírus. É imprescindível higienizar as mãos, objetos e superfícies com água e sabão ou álcool 70%, Surface UV (em superfícies e objetos) e manter distanciamento social, de no mínimo, 1,5 m. A medida mais eficaz continua sendo ficar em casa, se possível.

A MMO na atual conjuntura sanitária da COVID 19 enfatiza que vai continuar focando na investigação científica e tecnológica ajustada à necessidade de enfrentamento dessa pandemia. Essa pandemia vai passar! Se cada um fizer a sua parte, vai passar mais depressa!

Referências Bibliográficas:

https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-informacoes-sobre-desinfeccao-e-limpeza-de-superficies-e-objetos
CORRÊA, T. Q., BLANCO, K. C., INADA, N. M., HORTENCI, M. DE F., COSTA, A. A., SILVA, E. S., BAGNATO, V. S. (2017). Manual Operated Ultraviolet Surface Decontamination for Healthcare Environments. Photomedicine and Laser Surgery, 35(12), 666–671. doi:10.1089/pho.2017.4298.
CORRÊA, T. Q., BLANCO, K. C., INADA, N. M, BAGNATO, V. S. Descontaminação dos locais de trabalho por UV. In: Feridas: um desafio para a saúde pública [S.l: s.n.], 2019.

Dra. Karen Laurenti
IFSC/USP
Consultora em Fisioterapia na MMO